As inscrições para os vestibulares da Fuvest, que seleciona candidatos para a Universidade de São Paulo (USP), e da Universidade de Campinas (Unicamp) já estão abertas.
Considerados os maiores e mais concorridos processos seletivos do país, a demanda de estudos para esses vestibulares é sempre muito intesa. Além dos conteúdos das disciplinas estudadas durante o Ensino Médio, também são cobradas obras literárias de grandes autores.
Entretanto, muitos estudantes acabam deixando de lado e não se dedicam nesta parte o quanto poderiam, correndo risco de perderem preciosos pontos nesta etapa da prova, que possui grande peso no cálculo da nota total do exame.
No caso da segunda fase da Fuvest, as questões de Literatura representam 12,5% da pontuação, aproximadamente. Já na Unicamp, o peso é um pouco menor, tendo em vista que há mais questões específicas das disciplinas selecionadas pelo candidato.
Confira aqui o Manual do Candidato da Fuvest!
De acordo com a coordenadora pedagógica e de redação do Colégio Poliedro, Maria Catarina Bozio, questões sobre os títulos recomendados podem aparecer tanto na primeira quanto na segunda fase e em questões objetivas e dissertativas.
"Na primeira etapa, as questões tendem a ser mais simples e, às vezes, têm enunciados intuitivos. Já na segunda fase, em quase metade dos itens não é possível responder com segurança sem ter estudado as obras obrigatórias. Uma leitura atenta, com análise crítica, é essencial para garantir pontuação relevante"
Ela ainda ressalta que as obras da Fuvest são mais consolidadas. Já a lista da Unicamp é formada por títulos menos convencionais, mas, ainda assim, muito relevantes. "O aluno que está estudando para a Fuvest pode encontrar inúmeros materiais de apoio na internet, como pesquisas, resumos e videoaulas. No caso da Unicamp, pode haver maior dificuldade de encontrar referências, já que alguns livros ainda não foram amplamente discutidos", pontua.
As obras cobradas em ambas seletivas já encontram-se disponíveis e você ar aqui!
E para te auxiliar, o Super Vestibular em parceira com o Colégio Poliedro, separou cinco dicas para você estudar as obras dos vestibulares 2022 da Fuvest e Unicamp. Confira:
1. Crie roteiros de leitura
Uma maneira de estudar as obras é criar roteirios de leituras que facilitem até mesmo para memorizar os principais pontos. Os roteiros devem ter destaque no que deve ser observado, o contexto histórico e o movimento literário a que a obra pertence, assim como sugestões de abordagens críticas e outras questões relevantes para os vestibulares. Além da questão de memorização, o material também servirá para uma revisão mais resumida da prova mais próximo da data das provas.
2. Organize o tempo de leitura para cada obra
Pressa e tempo não combinam. Por isso não deixe tudo para a última hora. É importante se preparar com antecedência e se organizar tentando finalizar a leitura de um livro por mês, por exemplo. Dessa forma você poderá anotar os pontos principais e assimilar, com calma, o aprendizado.
3. Desenvolva a análise crítica e leia de forma atenta
Tenha uma postura ativa na hora da leitura. Mas o que isso quer dizer? Não leia simplesmente por ler. Analise os conteúdos com profundidade, retome agens importantes e anote tudo o que achar relevante para o contexto da produção. É assim que conseguirá finalizar a leitura da obra tendo uma visão mais qualificada sobre ela.
4. Adeque as leituras ao seu cronograma de estudos
Tente sempre ajustar as leituras de acordo com o conteúdo que estiver estudando em sala de aula. Por exemplo, se o tema da semana de estudos for sobre Classicismo, opte por fazer a leitura de Sonetos, de Camões. Se for Barroco, vá para a leitura de Gregório de Matos. Isso facilitará na hora de desenvolver análises mais completas, entender os contextos de produção, estilos adotados e etc. Você também pode se organizar conforme as suas preferências e aptidões, assim acabará conhecendo um pouco de cada autor para entender qual o deixa mais confortável para começar.
5. Saiba utilizar os materiais complementares
Hoje em dia temos a disposição resumos da internet, videoaulas, pesquisas e reportagens sobre as obras obrigatórias. Mas vale lembrar que estes materiais devem ser utilizados como acompanhamentos, como ferramentas complementares, já que eles não substituem a leitura das obras na íntegra. Eles são um reforço a mais para que você tenha perspectivas diferentes e compreenda agens com maior profundidade.
